Foi com um lacónico “sim” que Mark Zuckerberg respondeu quando lhe perguntaram na Câmara dos Representantes do Congresso americano se os seus dados também estavam entre a informação obtida pela consultora Cambridge Analytica.
Ao todo, cerca de 87 milhões de utilizadores do Facebook foram afectados, a grande maioria deles nos EUA. A Cambridge Analytica analisava essa informação para delinear estratégicas de campanha política e trabalhou com a campanha de Donald Trump. Em Portugal, aproximadamente 63 mil pessoas tiveram os dados expostos, algo que aconteceu depois de terem instalado, ou de um dos seus amigos ter instalado, uma aplicação chamada This Is Your Digital life.
Após ter deposto nesta terça-feira perante o Senado, Zuckerberg encontrou uma Câmara de Representantes com um tom mais aguerrido, mas com essencialmente o mesmo conteúdo nas perguntas, o que deu espaço para Zuckerberg voltar a explicar alguns pontos do funcionamento básico do Facebook.
Até ao primeiro intervalo da sessão, cerca de uma hora e meia após o arranque, Zuckerberg ouviu os representantes pedirem controlos e regras de privacidade mais simples, um maior cuidado com as contas dos menores de idade e uma maior vigilância sobre o que as aplicações fazem dentro da plataforma. O presidente do Facebook repetiu as medidas já anunciadas, que incluem rever a actividade das aplicações ao longo dos últimos anos (e banir aquelas que não tenham cumprido as regras) e contratar pessoas para zelar pela segurança e pela moderação dos conteúdos que circulam na plataforma.